Crédito: Rendeeplumia |
Abaixo, apresentamos alguns pontos pertinentes,
baseados na percepção de quem avalia por resultados e aparências, sem entrar no
âmago das condições que determinaram as decisões e ações de Felipão e Parreira e
equipe:
1 - Integridade de escolha
Mesmo acreditando que Felipão tenha se guiado pelas mais elevadas
intenções, foram dispensados jogadores experientes e/ou talentosos, os quais poderiam
ter contribuído para o sucesso da Seleção, como por exemplo, Kaká, Robinho,
Ronaldinho Gaúcho, Tardelli e Evérton Ribeiro, esse último eleito o melhor
jogador de 2013 do Brasil, pelo Cruzeiro, apenas para citar. Se um ou outro jogador
não estava exatamente em boa fase, vale lembrar que talento pode fazer diferença,
na hora H.
2 - Consciência de coletividade
Os jogadores da Seleção cantavam o hino nacional com entusiamo no início
de cada jogo e se abraçavam, mas a impressão que sempre tivemos foi aquela de
um grupo sem luz própria e dependendo substancialmente da atuação de Neymar. Teve um blackout coletivo em campo.
3 - Atitude
A Seleção pareceu entrar em campo insegura. Até aí, é compreensível,
mas e a falta de reação que se repetia a cada gol tomado, especialmente no primeiro
tempo? A equipe, treinador incluído, não soube o que fazer, não conseguiu reagir. Estarrecedor: apenas no meio do
campeonato houve a preocupação de agregar uma psicóloga à Granja Comari, para
tentar melhorar o emocional do grupo.
4 - Respeito ao adversário
A Seleção jogou de maneira aberta, algo temerário diante de um
adversário superior e muito melhor preparado e entrosado. Poderia ter jogado mais
fechada e procurando contrataques, o que seria uma melhor gestão de riscos, sem
que isso implicasse perda de atitude.
5 - Boa execução de esquemas táticos
A Seleção manteve o esquea 4-2-3-1, dos tempos de Mano Menezes e, dentro desse esquema, não chegou a ter ao longo da Copa um meio de campo eficaz.
Seu jogo ficou, em grande medida, dependente do status de Neymar no dia de cada
jogo, conforme dito acima. Não parecia haver plano B, C, D etc.
6 - Talentos
Esse requisito parece ter ficado comprometido, em decorrência do exposto no item
1. Ademais, os jogadores convocados poderiam ter se auto-superado e isso não aconteceu, possivelmente dada sua insegurança diante do peso de disputar uma Copa no Brasil.
7 - Entrosamento
Muito se questionou se teria havido, realmente, treinamento na medida
certa. A percepção é que não houve.
Resultado: Alemanha 7 x 1 Brasil.
Essa síntese superficial naturalmente não esgota todas as questões que conduziram ao resultado acima e não leva em conta o
sistema de futebol do Brasil, que, a nosso ver, pode ter produzido vários dos
problemas acima citados (e continua produzindo!), mas isso merece mais de um post.
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