O técnico da Seleção do Brasil, Dunga, teve reação visível ponderada
diante das queixas de Thiago Silva sobre não ser mais titular e nem capitão da
Seleção, bem como sobre a falta de conversa acerca dessas questões com ele. Dunga observou
que os jogadores podem expressar suas opiniões e que o ambiente é de
democracia (será?). Ao mesmo tempo, o coach
observou que a Seleção “não tem dono” e que Neymar vem correspondendo às
expectativas em relação ao seu desempenho.
Sobre a democracia, observamos que não é bem assim. O ambiente da Seleção é hierárquico e isso colide, em boa medida, com democracia. Num sistema democrático, um “colégio eleitoral” votaria nos jogadores a serem escalados para jogar. Ao mesmo tempo, não há problema em um ambiente hierárquico, praticamente todas as organizações operam dessa forma. Só que a moderna administração requer que os líderes tenham bom senso e prestem atenção nos fatos e nas pessoas. Que sejam observadores e prudentes.
Entendemos que Dunga teve uma reação positiva e equilibrada diante das
queixas de Thiago Silva, mas que também deveria refletir sobre o que várias pessoas, especialistas ou simplesmente observadoras, têm dito sobre a criação do futuro da Seleção. É preciso entender o que a derrocada
do Brasil na Copa 2014 tem a ensinar. É que preciso que a Seleção se atualize com
o que de melhor se pratica em futebol moderno pelo mundo afora, especialmente em
alguns países da Europa. É preciso que tenha grandes talentos em maior número (isso estará sendo feito? Realmente? No exterior e no Brasil também?). Repetiremos à exaustão:
uma andorinha não faz verão.
Bola Pensante
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