Crédito: koratmember |
Mas como se comportaram os diversos times do Brasil, especialmente no Brasileirão de 2014, competição baseada em pontos corridos? Ao longo do ano passado, fizemos diversas análises sobre os números desse Campeonato, mas ainda sem a visão global de seus principais indicadores.
Neste post, buscamos suprir essa lacuna, apresentando os citados indicadores, entre números absolutos e relativos, a saber:
- Número de vitórias, empates e derrotas.
- Número de gols a favor (pró), contra e saldo de gols.
- Pontos conquistados e pontos perdidos.
- Gols e pontos conquistados por rodada.
- Aproveitamento, em pontos conquistados / pontos disputados (%).
Os indicadores em questão constam na tabela a seguinte:
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À direita dos nomes dos clubes, as nove primeiras colunas apresentam indicadores absolutos. As últimas três, correspondem os indicadores relativos. Assim, constatamos:
1) Em linhas gerais, o Campeonato terminou com as médias de 14 vitórias e derrotas, 9 empates, 43 gols, 52 pontos conquistados contra 62 perdidos, 1,1 gols por rodada, 1,4 pontos conquistados por rodada e aproveitamento de 46%.
2) O Cruzeiro foi o melhor em todos os itens, com 24 vitórias, 8 empates e 6 derrotas, 67 gols feitos, 38 gols tomados, 29 gols de saldo, 80 pontos conquistados, 34 perdidos, 1,8 gols por rodada, 2,1 pontos por rodada e aproveitamento de 70,2%. Sempre bem melhor do que a média.
3) Os aproveitamentos da tabela anterior poderiam ser enquadrados em faixas, conforme abaixo:
- Superiores a 60% - Corinthians ao Cruzeiro, que teve 70,2%.
- Superiores a 50% e inferiores a 60% - Grêmio ao Atlético MG.
- Superiores a 40% e inferiores a 50% - Coritiba ao Atlético PR.
- Superiores a 30% e inferiores a 40% - Bahia ao Chapecoense.
- Inferiores a 30% - Criciúma ao Botafogo.
3) Os aproveitamentos da tabela anterior poderiam ser enquadrados em faixas, conforme abaixo:
- Superiores a 60% - Corinthians ao Cruzeiro, que teve 70,2%.
- Superiores a 50% e inferiores a 60% - Grêmio ao Atlético MG.
- Superiores a 40% e inferiores a 50% - Coritiba ao Atlético PR.
- Superiores a 30% e inferiores a 40% - Bahia ao Chapecoense.
- Inferiores a 30% - Criciúma ao Botafogo.
Analisemos, nesse ponto, apenas os aproveitamentos, considerando os números da tabela seguinte:
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As principais constatações são as seguintes:
1) O aproveitamento médio dos times da série A quando eles jogaram no estádio local foi de 59,9%; quando eles jogaram em outros estádios, foi de 32% e, considerando tudo, 46%. Isso aconteceu para todos os times da série, individualmente considerados.
2) Jogar aos domingos foi, em média, melhor para os times, com aproveitamentos de 29,3% em casa, 15,9% fora de casa e 22,6% considerando tudo.
3) Nos jogos fora de casa, em sábados e outros dias da semana que não sejam domingos, os resultados, em média e em geral, foram mais fracos.
Mais detalhes podem ser observados na tabela anterior, inclusive com especificidades de alguns times, mas nos ateremos a esses três.
Com base nos números anteriores, o que podemos dizer do Brasileirão 2014?
Primeiramente, é elevada a assimetria de desempenho entre os times da série A. As diferenças de desempenho entre os quatro primeiros e os quatro últimos ilustram essa afirmativa. Dentro da elite da série A, existe outra elite, em termos de qualidade do futebol.
A segunda constatação é que grandes e tradicionais times como Botafogo e Palmeiras deixaram muito a desejar. Aliás, isso chegou a acontecer também com o Curitiba e o Flamengo, que ficaram na zona de rebaixamento (ZR) durante algum tempo.
Em terceiro lugar, o Brasileirão, quando visto isoladamente, dá a impressão que apenas os quatro primeiros times são os melhores, por terem assegurado vaga na Libertadores da América (ou o direito de disputar a pré-Libertadores, caso do Corinthians). Mas é preciso considerar também a Copa do Brasil e nessa, Atlético MG, campeão, e Cruzeiro, foram à final. Portanto, o rank da IFFHS, foi mais abrangente.
O Brasileirão poderia ser também discutido em termos de outras variáveis, como nível da arbitragem (deixou a desejar), público presente aos estádios (pequeno), renda gerada (muito aquém do potencial) e outros. Existem vários problemas com esses indicadores, mas fiquemos por aqui.
Bola Pensante
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