Após vetar, conforme se esperava, o parcelamento das dívidas dos clubes de futebol com o estado, nos termos defendidos na MP 656, o governo federal criou um Grupo de Trabalho Interministerial, com o propósito de normatizar a repactuação dessas dívidas.
O Grupo será integrado pelos Ministérios do Esporte, da Fazenda, Justiça, Previdência Social e Casa Civil, pela CBF, pelo Bom Senso Futebol Clube por especialistas e jornalistas.
Em sua Nota Oficial, o Governo Federal manifestou-se sensível à necessidade de parcelamento dos débitos, defendendo, entretanto, a necessidade de contrapartidas, regras de governança e fairplay financeiro para os clubes.
Relembrando: no final do ano passado, a chamada bancada da bola no Poder Legislativo introduziu, na MP 656, que versava sobre assunto alheio ao futebol, regra que beneficiaria os clubes com o parcelamento de suas dívidas, sem, entretanto, quaisquer contrapartidas ou requisitos adicionais. A medida, que chegou a ser aprovada na Câmara e no Senado, foi defendida pelo futuro presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, em recente entrevista ao Estado de São Paulo. Veja aqui.
Fica clara, tanto no veto da presidenta Dilma ao parcelamento sem contrapartidas, quanto na criação do Grupo em questão, a significativa vitória política do Bom Senso Futebol Clube, movimento de um grupo de jogadores de futebol, que defende mudanças profundas na administração desse esporte. A atuação do Bom Senso constitui a principal esperança de mudanças no nosso futebol. Estaremos nós no limiar de uma nova ordem? Tomara que sim.
Bola Pensante
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