Crédito: Stuart Miles |
Respondendo às perguntas anteriores sob a perspectiva do futebol, os favoráveis à ideia da agência reguladora argumentam que esse esporte não tem, em nosso País, uma boa governança ou um bom fairplay financeiro - aliás, por essa razão, teria recorrido aos Poderes Legislativo e Executivo para pedir o parcelamento de dívidas dos clubes com o estado da ordem de R$ 3,7 bilhões. Uma agência reguladora criaria regras e sistemas de controle obrigatórios, enquadrando as organizações do futebol a essas regras e tornando sua administração mais profissional. Já os contrários à criação da agência reguladora - entre esses, a CBF - defendem que caberia à Confederação zelar pela governança e pelo fairplay financeiro dos clubes, o que seria de sua responsabilidade; além disso, questiona-se a eficácia do estado em suas intervenções setoriais.
Consideramos louvável a ideia da agência reguladora para os esportes e que essa deva ser implementada. Afinal, independentemente de todas as discussões, o esporte nacional, visto de maneira mais abrangente, tem potencial para se constituir em um setor econômico importante, que atraia investidores e gere muitos empregos. Não se trata apenas de controlar clubes, mas também de de estimular o setor esportivo, em benefício da geração de renda. A implementação da ideia pode ser bem sucedida, se as regras desse jogo forem pautadas pelo profissionalismo, qualidade e efetiva aplicação. Por certo, existirá o risco de interferência política do governo da vez, mas tal risco pode ser mitigado, sendo o papel da mídia fundamental nesse sentido.
Bola Pensante
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