quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Memórias da Copa do Mundo 2014: a psicóloga tardia da Seleção (XVII)

A Copa do Brasil seguia a pleno vapor, a Seleção Brasileira não mostrava um futebol convincente e chorava abraçada, em início de jogos, ao cantar o hino nacional. Em dado momento, emergiu a figura da psicóloga Regina Brandão, convidada pelo técnico Felipão, em bases não remuneradas, para conversar com os atletas e ajudá-los. Ela já tinha feito um trabalho inicial, nos primórdios da preparação do treinador, mas de escopo restrito.

O esforço, tardio, não ajudou muito. Entrevistada no programa Roda Viva, em 14 de julho, após os 7 x 1 impostos pela Alemanha no dia 8, Regina Brandão expôs fragilidades emocionais do escrete canarinho. A entrevista pode ser vista aqui:


Nossa surpresa, especificamente, não foi com a presença da profissional, mas descobrir que ela não estava lá meses antes do início da Copa, cooperando de maneira remunerada; afinal, não devem ter faltado recursos para preparar o Brasil para a Copa do Mundo. Com certeza, a psicologia pode fazer muito para ajudar.

Se as considerações de Regina Brandão não podem ser consideradas anti-éticas, haja vista que não havia um contrato formal entre essa e a CBF, não deixaram de ser constrangedoras para os preparadores da Seleção Canarinho, demonstrando más condições psicológicas.

A propósito, a nova Seleção, sob o comando de Dunga, não necessita, de acordo com o treinador, de psicólogos. Os jogadores devem chegar prontos psicologicamente para dar conta da pressão e, no máximo, receberem o apoio de ex-craques. Não achamos isso razoável; entretanto, depois dos 7 x 1, nada espanta. Veja mais aqui sobre a visão de Dunga a esse respeito.

Bola Pensante

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