Crédito: Stuart Miles |
Na reunião do dia 12, foi definida a criação de um banco de dados nacional, com cadastro de todos os torcedores das torcidas organizadas, bem como a criação de um serviço "disque-denúncia", por meio do qual os cidadãos poderão apontar pessoas que praticam violência nos estádios. Por seu turno, a organizadas se mostram propensas a retirar os violentos de suas hostes, em benefício da grande maioria pacífica.
Tem sido noticiado que o ministro George Hilton ficou positivamente impressionado com o estudo produzido por um profissional do próprio Ministério dos Esportes, Marco Aurélio Klein, finalizado em 2006 e que propõe alternativas para mitigar o risco de violência associada ao futebol, sem, entretanto, prever torcida única. Impressionante: o estudo ficou engavetado por quase nove anos. Não parece inacreditável?
Todas essas considerações fazem supor que o ministro George Hilton tem boas intenções e que não se deveria criminalizar, portanto, todas as pessoas que participam de torcidas organizadas. A menos, é claro, que se prove que toda uma organizada pratica violência, o que não parece ser a situação típica, embora possa até ocorrer. E as iniciativas acima ajudam o futebol.
Mesmo assim, indagamos se não seria relevante envolver o Ministério da Justiça nas discussões, pois, sem punições justas àqueles que praticam violência, decididas pela Justiça e executadas, muitos ainda poderão prosseguir violentos, mesmo fora das torcidas. Não seria a impunidade, a carência de educação e a (histórica) pouca vontade política de enfrentar a violência, algumas das causas primária de sua ocorrência? Culpar as torcidas organizadas do futebol não seria, afinal de contas, algo simplista?
Além disso, cá entre nós, expurgada a injustifica violência que precisa ser mesmo criminalizada, as torcidas organizadas conferem especial colorido e grande animação aos jogos de futebol, tornando-os eventos ainda mais divertidos. É ou não verdade?
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Bola Pensante
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