Crédito: Stuart Miles |
A resposta à pergunta do título deste post, a nosso ver, é a seguinte: depende. A pergunta precisa ser analisada considerando os públicos envolvidos, vários: torcedores, grandes clubes, pequenos clubes, federações estaduais, CBF e mídia. Estes são os notáveis.
Comecemos com os torcedores. Em tese, ter bom futebol para torcer é algo bom. Portanto, interessa aos torcedores que existam campeonatos estaduais, se esses tiverem bons jogos. Entretanto, a baixa presença dos torcedores nos estaduais é eloquente. As partidas são, frequentemente, eventos que não entusiasmam. A não ser no caso de algum clássico, como nas combinações Corinthians x São Paulo x Palmeiras x Santos, Flamengo x Fluminense x Botafogo x Vasco, Cruzeiro x Atlético e Internacional x Grêmio, a maioria dos jogos dos estaduais não motiva, em geral, os torcedores.
Sobre os clubes, em tese seria bom para eles atuar e arrecadar. Entretanto, cremos que para os grandes, os campeonatos estaduais agregam pouca renda (exceção, talvez, aos clássicos) , muitas viagens e gastos associados, além do desgaste dos jogadores e do risco de lesões, mesmo em treinos. Para os clubes pequenos, os estaduais são, de fato, uma oportunidade a mais de atuar e faturar, haja vista seu ambiente de trabalho bem mais restrito, mas sob condições frequentemente precárias, em termos de estádios e estrutura disponível.
Sobre os clubes, em tese seria bom para eles atuar e arrecadar. Entretanto, cremos que para os grandes, os campeonatos estaduais agregam pouca renda (exceção, talvez, aos clássicos) , muitas viagens e gastos associados, além do desgaste dos jogadores e do risco de lesões, mesmo em treinos. Para os clubes pequenos, os estaduais são, de fato, uma oportunidade a mais de atuar e faturar, haja vista seu ambiente de trabalho bem mais restrito, mas sob condições frequentemente precárias, em termos de estádios e estrutura disponível.
Sobre as federações estaduais e a CBF, também em tese, elas se tornariam fortalecidas com campeonatos fortes; entretanto, os estaduais costumam ser fracos. Há algum tempo, o colunista Juca Kfouri mencionou, em uma entrevista feita à TV Folha, que os estaduais meramente dão sustentação às estruturas citadas. Será? Sendo ou não assim, seria importante que os estaduais fossem trabalhados de outra forma, sem sobrecarregar os clubes maiores e criando mais oportunidades de trabalho e renda para os clubes menores. Qual seria a forma? Municipalizar os estaduais, criando competições entre municípios? Realizar estaduais mais rápidos? Melhorar o calendário do futebol nacional, conforme proposta do Bom Senso Futebol Clube? Tudo isso pode ser , mas não sabemos.
E quanto à mídia? Em tese, a ela interessaria cobrir bom eventos: estaduais fortes ampliariam seu espaço de trabalho e oportunidades. Por outro lado, dada a baixa qualidade desses torneios, nem sempre isso acontece. Exemplificando: durante o último carnaval, a Rede Globo não exibiu jogos dos estaduais. Por que será?
Relendo as reflexões anteriores, chegamos à conclusão de que estaduais bons interessariam, de maneira ampla, a todas as partes, mas, infelizmente, estamos tratando de torneios que deixam - e muito! - a desejar. A não ser pontualmente, para dar ritmo aos times que disputam outros torneios mais importantes em paralelo, os campeonatos estaduais reais parecem agregar muito pouco ou, no mínimo, bem abaixo do que poderiam. Nossa percepção é que não precisaria ser assim.
Bola Pensante
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