Crédito: Stuart Miles |
Por um lado, o contrato com o treinador foi renovado há pouco tempo, no final do ano passado. Além disso, com uma linguagem bem
articulada e parecendo ser um profissional interessado em aprender, Cristóvão Borges lidou com elevada
incerteza nos últimos meses, em termos de com quem contaria realmente no time. O Tricolor perdeu parcela significativa de seu
patrocínio, especialmente da parte da Unimed, além de vários
jogadores.
Por outro lado, o Fluminense, sob o comando de Cristóvão Borges, não conseguiu se classificar, em 2014, para a Libertadores 2015. Além disso, o time não foi bem na Copa do Brasil 2014. Para terminar a exposição de resultados, a posição do Fluminense no Campeonato Carioca 2015 é péssima, no momento, haja vista que ele está fora da região ou zona de classificação do torneio, em quinto lugar, ainda que possa recuperar seu status ao lado do Botafogo, Flamengo e Vasco. Ponto de atenção foi o último jogo do time contra o Tigres, com uma atuação sofrível da arbitragem e resultado de 1 x 1. Curiosamente, a torcida tricolor culpou o treinador do resultado, pedindo sua saída e vaiando o time, mesmo após uma arbitragem espantosa.
Foi muito interessante a discussão sobre o assunto em questão, ocorrida no programa "Linha de Passe" da noite passada, na ESPN. Juca Kfouri defendeu, no programa, que a dispensa do treinador foi prematura, que ele mereceria mais tempo para trabalhar o time. José Trajano, por sua vez, enfatizou a falta de planejamento, a demissão não planejada. Já Mauro Cezar Pereira observou que qualquer que seja a nova alternativa de treinador - fala-se em Ricardo Drubscky entre outros -, é preciso dar tempo para o trabalho ser feito.
Foi muito interessante a discussão sobre o assunto em questão, ocorrida no programa "Linha de Passe" da noite passada, na ESPN. Juca Kfouri defendeu, no programa, que a dispensa do treinador foi prematura, que ele mereceria mais tempo para trabalhar o time. José Trajano, por sua vez, enfatizou a falta de planejamento, a demissão não planejada. Já Mauro Cezar Pereira observou que qualquer que seja a nova alternativa de treinador - fala-se em Ricardo Drubscky entre outros -, é preciso dar tempo para o trabalho ser feito.
Retornando à pergunta do título deste post, parte de sua resposta vem do histórico surpreendente de treinadores que passaram pelo Fluminense ao longo de muitos anos, publicada por José Roberto Malia na ESPN:
2003: Renato Gaúcho, Joel Santana e Renato Gaúcho
2004: Valdir Espinosa, Ricardo Gomes e Alexandre Gama
2005: Abel Braga
2006: Wortmann, Paulo Campos, Oswaldo de Oliveira, Antônio Lopes e PC Gusmão
2007: PC Gusmão, Joel Santana e Renato Gaúcho
2008: Renato Gaúcho, Cuca e René Simões
2009: René Simões, Parreira, Renato Gaúcho e Cuca
2010: Cuca e Muricy Ramalho
2011: Muricy Ramalho e Abel Braga
2012: Abel Braga
2013: Abel Braga, Vanderlei Luxemburgo e Dorival Júnior
2014: Renato Gaúcho e Cristóvão Borges
2015: Cristóvão Borges e ???
À luz da relação anterior, a demissão de Cristóvão Borges não espanta e é coerente com o histórico do clube de mudar treinadores em ritmo forte.Aliás, provavelmente outros times também mudam seus treinadores com frequência e o caso do Fluminense não deve ser único.
A demissão de Cristóvão Borges pode até ter sido razoável, por que podem existir razões internas que desconhecemos para isso, fatos que não conhecemos sobre a sua atuação. Mas a visão dos dirigentes do Clube em relação aos treinadores e ao time não dá a impressão de ser de longo prazo, o que parece ser um problema de governança. Mauro Cezar Pereira está correto: é preciso dar tempo para o trabalho ser feito, seja quem for o treinador contratado.
Bola Pensante
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