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Apenas no sábado, portanto, a Conmebol definiu que o River Plate passa às quartas de finais, para enfrentar o Cruzeiro, após torcedores do Boca Juniors lançarem uma espécie de gás de pimenta sobre jogadores do adversário, um absurdo.
Restam, neste ponto do torneio, como representantes do futebol do Brasil, o Cruzeiro, bicampeão em 2013-2014, e o Internacional, terceiro colocado da Campeonato Brasileiro de 2014. As posições ímpares do G4 do Brasileirão 2014 foram, portanto, as mais felizes. Inicia-se, assim, uma nova rodada de mata-matas, as quartas de finais.
Antes de comentar com mais detalhes o que houve com os brasileiros nas oitavas de final da Libertadores, consideremos as duas tabelas abaixo, que apresentam os resultados dos 16 jogos mata-matas ocorridos e encerrados em 14 de maio:
TABELA 1 - RESULTADOS DOS JOGOS
TABELA 2 - INDICADORES
O segundo jogo entre o Boca Juniors e o River Plate foi considerado pelo seu resultado do primeiro tempo.
Com respeito a essas tabelas e ao que houve em campo, destacamos:
1) As decisões classificatórias foram favoráveis, em maioria, aos times que tiveram mando de campo no segundo jogo: 6 deles foram classificados, com exceção do Guarani e Emelec.
2) De maneira geral, os placares dos jogos foram enxutos ou sem goleadas: 0 a 0, 1 a 0, 2 a 0 e 2 a 1. O empate e a vitória do Internacional sobre o Atlético MG destoaram de certa forma do padrão, por terem tido muitos gols (4 no primeiro e 4 no segundo).
3) O Internacional foi o time que mais gols assinalou no tempo regulamentar: cinco. Aliás, o Colorado, dirigido pelo uruguaio Diego Aguirre, foi a boa surpresa nacional dessa Libertadores.
4) Os gols feitos pelos diversos times em seus estádios locais foram 22, contra 10 em outros estádios, o que significa que jogar em casa foi, de maneira geral, mais do que duplamente melhor.
5) A média de gols em estádios locais foi igual a 2,75, contra 1,25 para outros estádios, ou seja, mais do que o dobro quando se jogou em casa e com a torcida ajudando.
6) Atlético MG, Corinthians, São Paulo caíram, de diferentes formas. Cada queda com a sua história.
7) O Atlético MG caiu inicialmente empatando por 2 a 2 no Independência e, a seguir, perdendo por 3 a 1 do Internacional, no Beira Rio. Os seguintes fatores explicam a classificação do Colorado:
1) As decisões classificatórias foram favoráveis, em maioria, aos times que tiveram mando de campo no segundo jogo: 6 deles foram classificados, com exceção do Guarani e Emelec.
2) De maneira geral, os placares dos jogos foram enxutos ou sem goleadas: 0 a 0, 1 a 0, 2 a 0 e 2 a 1. O empate e a vitória do Internacional sobre o Atlético MG destoaram de certa forma do padrão, por terem tido muitos gols (4 no primeiro e 4 no segundo).
3) O Internacional foi o time que mais gols assinalou no tempo regulamentar: cinco. Aliás, o Colorado, dirigido pelo uruguaio Diego Aguirre, foi a boa surpresa nacional dessa Libertadores.
4) Os gols feitos pelos diversos times em seus estádios locais foram 22, contra 10 em outros estádios, o que significa que jogar em casa foi, de maneira geral, mais do que duplamente melhor.
5) A média de gols em estádios locais foi igual a 2,75, contra 1,25 para outros estádios, ou seja, mais do que o dobro quando se jogou em casa e com a torcida ajudando.
6) Atlético MG, Corinthians, São Paulo caíram, de diferentes formas. Cada queda com a sua história.
7) O Atlético MG caiu inicialmente empatando por 2 a 2 no Independência e, a seguir, perdendo por 3 a 1 do Internacional, no Beira Rio. Os seguintes fatores explicam a classificação do Colorado:
- Empate de 2 a 2 alcançado no Independência, que deixou o Internacional em vantagem.
- Dois gols belos e singulares feitos respectivamente por Valdívia e D'Alessandro no Beira Rio.
- Erro da defesa do Galo, na bola que chegou ao Colorado e permitiu o último gol do segundo jogo.
- Placar de 3 a 1 praticamente inviabilizando a classificação.
Os gols de Valdívia e D'Alessadro foram realmente sensacionais, daqueles que custam a se repetir para um mesmo time e, portanto, aquela noite foi do Internacional no Beira Rio. Mesmo assim, houve pelo menos um erro de arbitragem (pênalti que deixou de ser cobrado a favor do Atlético MG). O Galo caiu de pé, por que, coerentemente com o seu perfil, lutou até o final e jogou bem, especialmente o segundo tempo do segundo jogo. O time é um dos mais fortes para disputar o Brasileirão 2015 e poderá retornar à Libertadores em 2016.
8) O São Paulo, após ganhar por 1 a 0 no Morumbi, perdeu pelo mesmo placar do Cruzeiro e, na disputa por pênaltis, perdeu novamente. Os fatores que explicam a classificação do Cruzeiro são:
- A derrota no primeiro jogo para o São Paulo por apenas um gol, revertida no jogo seguinte.
- A atitude da Raposa, completamente alterada, no segundo jogo, com elevada intensidade.
- Uma noite de gala do goleiro Fábio, eterno injustiçado pela CBF, que defendeu dois pênaltis. Aliás, ele também evitou vários gols, no primeiro jogo.
- Os erros de cobranças de pênaltis do Tricolor.
Nos dois jogos, ambos os times perderam vários gols, mesmo com mando de campo. Já o segundo jogo entre o São Paulo e o Cruzeiro teve altíssima tensão, especialmente na cobrança de pênaltis, da qual a Raposa sobreviveu e segue no torneio. Rogério Ceni, goleiro do Tricolor, terminou o jogo abatido e apenas informando que aquele seria o seu último jogo em uma Libertadores.
- A derrota no primeiro jogo para o São Paulo por apenas um gol, revertida no jogo seguinte.
- A atitude da Raposa, completamente alterada, no segundo jogo, com elevada intensidade.
- Uma noite de gala do goleiro Fábio, eterno injustiçado pela CBF, que defendeu dois pênaltis. Aliás, ele também evitou vários gols, no primeiro jogo.
- Os erros de cobranças de pênaltis do Tricolor.
Nos dois jogos, ambos os times perderam vários gols, mesmo com mando de campo. Já o segundo jogo entre o São Paulo e o Cruzeiro teve altíssima tensão, especialmente na cobrança de pênaltis, da qual a Raposa sobreviveu e segue no torneio. Rogério Ceni, goleiro do Tricolor, terminou o jogo abatido e apenas informando que aquele seria o seu último jogo em uma Libertadores.
9) A grande decepção entre os brasileiros ficou por conta do Corinthians, pois não se esperava que ele não passasse pelo comparativamente fraco Guarani (Paraguai), perdendo por 2 a 0 no Paraguai e por 1 a 0 na Arena Corinthians; nesse segundo jogo, com duas expulsões. Explicam a classificação do Guarani:
- A vitória por dois gols no primeiro jogo, após uma atuação fraca do Corinthians.
- As expulsões de dois jogadores do Corinthians no segundo jogo.
- A disciplina tática do Guarani que, mesmo com menos talento, fez dois bons jogos táticos.
- A dificuldade de reação do Corinthians no contexto, especialmente a partir da primeira expulsão no segundo jogo.
O desapontamento com o Timão é ainda maior por que houve quem defendesse, inclusive na mídia esportiva, que a equipe era a melhor do Brasil; provavelmente, foi mesmo, durante algum tempo, mas terminou por perder essa condição, oscilando e apresentando desempenho sofrível nos últimos jogos. Pelo que se viu em campo, os adversários estudaram o jogo do Corinthians e conseguiram neutralizá-lo.
Essas são as histórias, portanto. Para os times que seguem na Libertadores, Cruzeiro e Internacional, vem mais trabalho pela frente, e mais dificuldades, que também podem ser vistas como desafios. Para os que ficam, idem; porém, no âmbito do Brasileirão.
Bola Pensante
- A vitória por dois gols no primeiro jogo, após uma atuação fraca do Corinthians.
- As expulsões de dois jogadores do Corinthians no segundo jogo.
- A disciplina tática do Guarani que, mesmo com menos talento, fez dois bons jogos táticos.
- A dificuldade de reação do Corinthians no contexto, especialmente a partir da primeira expulsão no segundo jogo.
O desapontamento com o Timão é ainda maior por que houve quem defendesse, inclusive na mídia esportiva, que a equipe era a melhor do Brasil; provavelmente, foi mesmo, durante algum tempo, mas terminou por perder essa condição, oscilando e apresentando desempenho sofrível nos últimos jogos. Pelo que se viu em campo, os adversários estudaram o jogo do Corinthians e conseguiram neutralizá-lo.
Essas são as histórias, portanto. Para os times que seguem na Libertadores, Cruzeiro e Internacional, vem mais trabalho pela frente, e mais dificuldades, que também podem ser vistas como desafios. Para os que ficam, idem; porém, no âmbito do Brasileirão.
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