Crédito: Stuart Miles
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Os Campeonatos Estaduais terminaram neste domingo que passou e agora, aproximam-se os jogos do Campeonato Brasileiro (Brasileirão), sendo que os da Copa do Brasil continuarão ocorrendo. Quais impressões remanescem?
Não nos referimos aqui à euforia dos torcedores e atletas cujos times venceram, especialmente considerando aqueles times que precisavam melhorar a auto-estima. Referimo-nos a eventos e aspectos que merecem ser citados, repetidos ou não em relação a Campeonatos Estaduais anteriores.
Com essa perspectiva, abaixo relacionamos os tópicos que nos parecem mais relevantes para os principais Estaduais do Brasil - Paulista, Carioca, Mineiro e Gaúcho.
A maioria dos jogos, a menos dos clássicos, não foi interessante, assim como aconteceu em anos recentes. Muitos torcedores simplesmente não se interessaram pelas partidas em si, procurando apenas conhecer resultados, no mesmo dia ou no dia seguinte.
Más arbitragens foram frequentes nos principais Estaduais, incluindo os jogos finais. Provavelmente, todos os times participantes e torcedores têm do que reclamar. Essa consideração não se restringe apenas aos Estaduais, mas aplica-se ao futebol brasileiro em geral. E más arbitragens não são privativas do Brasil, como a Copa do Mundo de 2014 mostrou.
3) Resultados do tipo mais do mesmo
Onde poderia haver a novidade do título de um clube do interior, como a vitória da Caldense, por exemplo, esta foi abortada. Nos quatro principais campeonatos do País, venceram Santos, Vasco, Atlético MG e Internacional. Mesmo com o Vasco vencendo após 12 anos, não houve realmente novidade.
4) Desemprego de profissionais
Uma lástima: com o término dos Estaduais, profissionais de muitos times do interior foram desmobilizados. Terminaram seus empregos no esporte para o ano de 2015.
5) Federações contestadas
Primeiro, a dupla Flamengo e Fluminense contestou a Federação Carioca (Ferj) e rompeu com a mesma. Depois, foi a vez da contenda entre o Cruzeiro e a Federação Mineira (FMF). Mais recentemente, fala-se nos times paulistas pressionando a Federação Paulistas (FPF) a abrir mão dos 5% sobre as receitas dos jogos. Definitivamente, as Federações deram o que falar nos Estaduais.
Primeiramente, cumpre parabenizar os vencedores, por que houve um esforço de participação e engajamento dos times e seus atletas. E parabenizar, muito especialmente, o técnico do Santos que, com um salário muitas vezes inferior ao de seus pares, obteve grande sucesso.
Em segundo lugar, cumpre também reconhecer que uma nova ordem se faz necessária. O formato dos Campeonatos Estaduais não ajuda a fortalecer o futebol nacional, como esporte ou como setor econômico, criando, por exemplo, empregos permanentes.
Por que a CBF simplesmente não cria uma nova ordem?
Bola Pensante
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