O programa argentino La Cornisa, da TV America divulgou, no domingo passado, 21 de junho, estarrecedor diálogo entre o ex-presidente da AFA (a CBF argentina), Julio Grondona, falecido, e o representado da Argentina no comitê de arbitragem da Conmebol, Abel Gnecco. Nessa conversa, ambos dão a entender que teriam escalado Amarilla deliberadamente para atuar na partida Boca Juniors x Corinthians, pelas oitavas de final da Libertadores 2013. O que aconteceu naquele jogo?
O Corinthians deve dois gols válidos anulados e um pênalti claro, que não foi assinalado. A partida terminou em 1 a 1 e desclassificou o Timão, que precisava vencer. Os "erros" do trio de arbitragem foram tão explícitos que o diário Olé reconheceu isso na manchete: Una Mano Amarilla (Uma Mão Amarela).
O técnico Tite, em vista do episódio supracitado, afirmou que nunca mais deseja encontrar Amarilla e os dois assistentes daquele fatídico jogo na vida. Por falar na Confederação, este é mais um escândalo que envolve executivos da mesma, substancialmente envolvida nas investigações conduzidas pela Suiça e os EUA. Alguém se surpreenderia se surgissem mais denúncias de corrupção?
Ontem, terça-feira, a diretoria do Corinthians deliberou encaminhar ofício à CBF a fim de que essa solicite à Conmebol que Carlos Amarilla, árbitro paraguaio, nunca mais seja escolhido para atuar em partidas no Brasil. Trata-se de uma justa revolta. O Timão avaliará a possibilidade de reclamar ressarcimento à Conmebol. Aguardemos, mas temos dúvida sobre a efetividade da medida, em se tratando de Conmebol e congêneres.
Bola Pensante
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