Crédito: samuiblue |
Há cerca de duas semanas, precisamente no dia 6 de julho, o grande Barcelona, o melhor time do mundo da atualidade, vencia a Champions League. O jogador brasileiro Neymar se consagrava, em nível planetário, como um de seus principais atores, tendo feito vários gols, inclusive o último da partida Barcelona 3 x 1 Juventus. O atleta, que já vinha migrando do status de ótimo jogador para o de craque, se tornava, definitivamente, um dos principais do mundo.
Adiantemos o relógio do tempo para o momento presente. Qual é o resumo da ópera? Primeiramente, houve, nesta semana, a divulgação da notícia de que o craque e seu pai estão sendo processados na Espanha sob acusação de corrupção. A Justiça daquele País, onde Neymar trabalha, aceitou a denúncia da DIS, empresa de um grupo de investidores, a qual alega ter deixado de receber todo o dinheiro ao qual teria direito na transação de venda do jogador ao Barça. Segundo informa a mídia, além da uma indenização, Neymar, seu pai e outros réus envolvidos, incluindo executivos do time espanhol, podem ser condenados a pagarem indenizações e a receberem penas de prisão (4 a 6 anos).
Em segundo lugar, nesta última quarta-feira, 17 de junho, a Seleção do Brasil jogou pessimamente e perdeu por 1 a 0 o jogo contra a Colômbia, pela Copa América, no Chile. Tendo vencido a primeira partida do torneio contra a Seleção do Peru, a duras penas, por 2 a 1, com um gol e uma assistência de Neymar, a Seleção Canarinho sucumbiu ao jogo colombiano, reforçando, assim como ocorreu na Copa do Mundo 2014, a forte impressão de que tudo gira ao redor do atleta e que, sem ele, a equipe se desequilibra em campo. Felipão foi embora, Dunga chegou e tudo continua muito parecido, especialmente no futebol mediano e na dependência de Neymar.
Mas não parou por aí: com o emocional muito provavelmente alterado pelas notícias do seu processo na Espanha, Neymar brigou em campo, jogou a bola no jogador Armero e deu uma leve cabeçada em Jeison Murillo, tendo sido expulso (o jogador teria negado o impacto emocional sobre sua atuação em campo, mas é difícil acreditar nele). Hoje, após indecisão, a Conmebol, decidiu: Neymar está fora da Copa das Confederações, em função do impedimento de jogar várias partidas. A CBF ainda pode recorrer dessa decisão, mas como não se espera mudança para os próximos jogos, a Seleção comandada por Dunga terá que apresentar outro jogo em campo, se quiser passar à próxima fase, de mata-matas. Há pouco menos de um ano, na Copa do Mundo, sem Neymar, o Brasil vivenciou o vexame de uma derrota por 7 a 1 para a Alemanha.
Qual é a nossa opinião sobre tudo isso?
Não comentaremos a questão do processo judicial, partindo da premissa de que é preciso que ele corra para que se confirme o que houve. Sobre o futebol da Seleção, cremos que a agora é a hora da verdade para o técnico Dunga: o momento de ele desenhar outras estratégias de jogo de futebol na Seleção Brasileira, de maneira a performar bem sem Neymar e a levar o Brasil até o jogo final da Copa América. Acreditamos que se o Brasil não chegar à final, dificilmente o técnico se manterá, dada a visão de curto prazo sobre a qual várias vezes comentamos neste blog e a qual também acomete a CBF, especialmente na orientação do trabalho de Dunga.
Sobre Neymar especificamente, entendemos que ele tem razão quando diz que muitas vezes o perseguem ou mesmo caçam em campo e que vários árbitros não se incomodam com isso. Ao mesmo tempo, o descontrole emocional do craque deixa dúvida sobre sua liderança pelo exemplo, ao menos por enquanto. Não foi um bom comportamento e Neymar mostrou ser imaturo como profissional. Por outro lado, sem ter a obrigação de jogar, apenas observando os esforços de seus companheiros, o craque terá um momento de descanso. A pressão sobre ele, considerado o melhor da Seleção, em algum momento, deve se tornar opressiva, especialmente considerando sua juventude. Quanto aos demais atletas da Seleção, deles esperamos nada menos do que muita atitude.
Bola Pensante
Qual é a nossa opinião sobre tudo isso?
Não comentaremos a questão do processo judicial, partindo da premissa de que é preciso que ele corra para que se confirme o que houve. Sobre o futebol da Seleção, cremos que a agora é a hora da verdade para o técnico Dunga: o momento de ele desenhar outras estratégias de jogo de futebol na Seleção Brasileira, de maneira a performar bem sem Neymar e a levar o Brasil até o jogo final da Copa América. Acreditamos que se o Brasil não chegar à final, dificilmente o técnico se manterá, dada a visão de curto prazo sobre a qual várias vezes comentamos neste blog e a qual também acomete a CBF, especialmente na orientação do trabalho de Dunga.
Sobre Neymar especificamente, entendemos que ele tem razão quando diz que muitas vezes o perseguem ou mesmo caçam em campo e que vários árbitros não se incomodam com isso. Ao mesmo tempo, o descontrole emocional do craque deixa dúvida sobre sua liderança pelo exemplo, ao menos por enquanto. Não foi um bom comportamento e Neymar mostrou ser imaturo como profissional. Por outro lado, sem ter a obrigação de jogar, apenas observando os esforços de seus companheiros, o craque terá um momento de descanso. A pressão sobre ele, considerado o melhor da Seleção, em algum momento, deve se tornar opressiva, especialmente considerando sua juventude. Quanto aos demais atletas da Seleção, deles esperamos nada menos do que muita atitude.
Bola Pensante
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