Crédito: samuiblue |
No dia 15 de maio, publicamos aqui um post denominado Como criar um salto de qualidade na arbitragem nacional?, abordando possíveis medidas para melhorar a arbitragem no futebol, praticamente todas elas baseadas em uma ação firme da CBF. O pressuposto foi a continuidade da CBF como entidade responsável por organizar o futebol nacional.
A postagem supracitada conduziu à seguinte pergunta: como dar um salto de qualidade no sistema que produz o futebol nacional, de maneira que esse mude de patamar? Com base em nossas pesquisas pela internet, principalmente, e considerando opiniões de profissionais da mídia e do futebol, anotamos as seguintes sugestões:
1 - Criação de Liga de Clubes
Criar uma liga de futebol por clubes da série A, de maneira que eles se desvinculem da CBF e cuidem de si mesmos. Dessa forma, a CBF ficaria com a responsabilidade da Seleção Brasileira (cuidar dessa seria a principal de suas atividades), cabendo aos clubes cuidar dos calendários de seus torneios, pensar formas de encher estádios e resolver outras questões relacionadas ao seu trabalho. A dúvida pertinente que fica é em relação aos clubes das demais séries, mas soluções - várias delas - podem ser avaliadas.
1 - Criação de Liga de Clubes
Criar uma liga de futebol por clubes da série A, de maneira que eles se desvinculem da CBF e cuidem de si mesmos. Dessa forma, a CBF ficaria com a responsabilidade da Seleção Brasileira (cuidar dessa seria a principal de suas atividades), cabendo aos clubes cuidar dos calendários de seus torneios, pensar formas de encher estádios e resolver outras questões relacionadas ao seu trabalho. A dúvida pertinente que fica é em relação aos clubes das demais séries, mas soluções - várias delas - podem ser avaliadas.
2 - Melhoria da Governança da CBF
Além de reduzir o escopo de atuação da CBF, conforme proposta acima, criar um modelo de governança na Confederação que privilegie maior democracia e participação (ou maior participação) de vários públicos de interesse, além das federações estaduais e dos clubes da série A. Repensar o papel das Federações Estaduais, à luz das mudanças.
3 - Mudança do Modelo de Constituição dos Clubes e Melhoria de sua Governança
Modificar o modelo atual dos clubes nacionais, que operam como associações, para o de empresa privada, profissionalizando a administração e implantando boas práticas de governança corporativa, tais como: conselhos administrativos e diretorias executivas profissionais e remunerados, criação de conselhos fiscais e de comitês de auditoria, limitação de mandatos de dirigentes e prestação de contas entre outras práticas.
4 - Criação de uma Entidade Reguladora dos Clubes
Criar uma entidade para regulamentar a atuação dos clubes, de maneira a assegurar sua responsabilidade financeira, pagamento em dia de profissionais e outras boas práticas. Essa entidade não precisaria ser, necessariamente, uma agência reguladora ou outra modalidade de organização estatal, mas teria que ter credibilidade e seriedade. Exemplo: a BM&FBovespa é uma empresa sob cujas regras o mercado acionário opera, sem perder de vista a Constituição Federação, as leis e as disposições da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
6 - Ajuste do Calendário Nacional para Manter Empregos
5 - Sincronização do Calendário Nacional ao Internacional
Sincronizar o calendário dos diversos torneios nacionais com o calendário do restante do mundo. Explicando melhor: campeonatos europeus, por exemplo, iniciam-se em agosto e terminam em junho, com pausas na virada de ano e no mês de julho. No Brasil, os calendários são montados para considerar o início e o encerramento de torneios dentro de um mesmo ano. Assim sendo, a ausência de coordenação pode criar janelas de compras de jogadores brasileiros em pleno desenvolvimento dos nossos torneios, enfraquecendo-os.
6 - Ajuste do Calendário Nacional para Manter Empregos
Além da sincronização supracitada, ajustar os calendários de campeonatos estaduais e de outros torneios, de forma tal que isso possibilite a manutenção de empregos por todo um ano, no futebol nacional, evitando a dispensa de profissionais que hoje ocorre ao final dos estaduais. O propósito é consolidar o futebol como um setor relevante e que agrega valor econômico a muitas partes.
7 - Adoção de uma Gestão Financeira Criteriosa e Transparente
Adotar, no âmbito dos clubes, uma gestão financeira responsável e baseada em critérios, de maneira que os gastos com pessoas, fiscais e outros não superem as receitas dentro de um dado ano, e ainda, que sejam honrados pagamentos de salários e demais compromissos. Além disso, dar absoluta transparência aos sócios sobre critérios utilizados e transações feita com patrocinadores, representantes de atletas e outros públicos.
8 - Investimentos Obrigatórios e Sistemáticos nas Categorias de Base
Investir continuamente, com base em critérios, nas categorias de base, especialmente os grandes clubes, de maneira que essas se tornem autênticas usinas de bons jogadores e craques. O grande clube Barcelona, atualmente o melhor do mundo, faz um trabalho interessantíssimo com sua base, que poderia ser observado, além de várias outras alternativas.
9 - Adoção de Boas Práticas para Elevar o Padrão da Arbitragem
Implantar medidas baseadas nas melhores práticas do Planeta para elevar o padrão da arbitragem, avaliando-se o papel da CBF e dos clubes nesse contexto. Boa parte dessas práticas são citadas no nosso post Como criar um salto de qualidade na arbitragem nacional?
10 - Adoção de Boas Práticas para Prevenir e Coibir a Violência de Torcidas
Implantar medidas baseadas nas melhores práticas do Planeta, não apenas visando coibir, mas também prevenir, tanto quanto possível, a violência de torcidas, alterando a legislação, se for o caso, para torná-la mais rígida.
Seriam suficientes essas medidas? Certamente, elas não são exaustivas, mas já refletem muito do que poderia ser mudado.
Bola Pensante
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