O jogador Michel Bastos, do São Paulo, informou, por meio de nota, que processará a pessoa que o agrediu em uma rede social, chamando-o de "macaco" e "nego safado". O evento ocorreu no último domingo (2) e é simplesmente lamentável. Bastos disse ter informado aos seus advogados que tomará todas as medidas cabíveis para que o(a) agressor(a) responda legalmente pelo que fez. Ele também afirmou: "o que pudermos fazer para ser usado de exemplo contra o racismo, seja ele qual for, sempre será importante. Espero que minha atitude encoraje outras pessoas que sofrem com esse mal a sempre denunciar. Eu jamais irei me calar".
Este é mais um episódio deplorável de racismo no futebol. Neste mesmo ano, no jogo Corinthians 4 x 0 Danúbio, ocorrido no início de abril, pela Libertadores da América 2015, por volta de 20 minutos do primeiro tempo, o jogador Gonzalez, do time uruguaio, chamou Elias, da equipe paulista, de "macaco". A cena foi testemunhada por vários jogadores mais próximos da cena, filmada pela TV e exibida na internet. Houve tumulto e o juiz não tomou conhecimento do ocorrido, nada registrando em súmula. A TV noticiou que Elias não tomaria providências contra seu agressor e o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, afirmou que a decisão de fazer um BO não seria da Agremiação, mas de Elias. Não concordamos que o Timão não deveria fazer nada a respeito.
Em tempo, em 2014, na Libertadores, torcedores do Real Garsilaso, do Peru, tentarem humilhar o jogador Tinga, do Cruzeiro, emitindo sons de macaco quando esse tocava na bola. A Conmebol puniu o Clube com multa e avisou que a repetição de atos racistas implicaria a interdição do estádio. Também no ano passado, na Copa do Brasil, uma torcedora do Grêmio tentou humilhar o goleiro do Santos, Aranha, chamando-o de "macaco", diante da TV. O time foi excluído da competição, a agressora foi afastada do seu trabalho e fez treinamentos anti-racismo.
Ressalta-se que que não é apenas no futebol sul-americano que o racismo ocorre; o futebol europeu, por exemplo, tem vários episódios a registrar e jogadores como Daniel Alves e Hulk, da Seleção Brasileira, são exemplos de vítimas de manifestações racistas. Quanto à Fifa, na Copa 2014, esta fez campanha contra o racismo. Entretanto, parece pouco.
O que precisará acontecer para essas manifestações lamentáveis sejam extintas? A nosso ver, penalização nos termos da lei, porém, dura e exemplar, com encarceramento de agressores.
Bola Pensante
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