1) G4: Corinthians, Atlético MG, Grêmio e São Paulo.
2) ZR: Avaí, Vasco, Goiás e Joinville.
3) Vitória do Palmeiras sobre o Flamengo por 2 a 1.
4) Vitória do Internacional sobre o Cruzeiro por 2 a 0.
Assim, o Brasileirão chegou ao seu final. O Corinthians, com 81 pontos e aproveitamento de 71,1%, bateu o recorde anterior do Cruzeiro, que fez 80 pontos em 2014, com aproveitamento de 70,2%.
A seguir, apresentam-se comentários analíticos por estado e com os clube(s) integrante(s) da série A em 2015.
São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Ponte Preta, Santos e São Paulo)
Se no biênio 2013-2014 o futebol de Minas foi hegemônico no Brasil, em 2015, o foco se deslocou para o futebol de São Paulo. O Corinthians, após uma desclassificação traumática da Libertadores 2015, enfrentando o modesto Guarani, do Paraguai, se reinventou, pelas mãos do técnico Tite, definitivamente o melhor do Brasil neste ano. Foram dispensados jogadores como Guerrero e Sheik, que passaram a atuar no Flamengo, e o time evoluiu de uma performance consideravelmente focada em defesa para um time mais completo e que terminou o Brasileirão com os melhores indicadores de ataque e defesa. Merecidamente campeão.
O São Paulo, após ter fechado o ano de 2014 na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, entrou 2015 jogando mal, e teve quatro comandos no torneio: Muricy Ramalho, Milton Cruz, Juan Carlos Osório e outra vez Milton Cruz, em novo mandato-tampão. Além dos problemas no campo, o Tricolor paulista teve problemas sérios em sua administração, os quais culminaram na saída do presidente Carlos Miguel Aidar. Considerando o conjunto da obra, o São Paulo não ficou mal na foto, terminando o Brasileirão 2015 na posição 4 e com aproveitamento de 54,4%, o que o deixa com possibilidades de disputar a Libertadores 2016.
O Palmeiras, campeão da Copa do Brasil 2015, não teve um ano que pode ser considerado monótono. No Brasileirão, chegou a adentrar o G4, mas não conseguiu sustentar uma performance que consolidasse a posição. O Verdão passou por uma troca de técnico, substituindo Oswaldo de Oliveira por Marcelo de Oliveira, bicampeão pelo Cruzeiro no último biênio; com Marcelo, conquistou a Copa do Brasil mas, no Campeonato Brasileiro, o time terminou na posição 9 e com aproveitamento de 46,5%.
O Santos começou mal o Campeonato e evoluiu com o passar do tempo. Assim como o Palmeiras, chegou a adentrar o G4, mas não teve gás para ali permanecer, terminando o Brasileirão na posição 7 com aproveitamento de 50,9%. Passou por duas trocas de técnico, de Enderson Moreira a Marcelo Fernandes e desse para Dorival Júnior. O Peixe perdeu o jogador Robinho, que aceitou proposta irrecusável da China; em contrapartida, contou com o talento de Lucas Lima, um dos melhores do Brasil na atualidade, convocado por Dunga para a Seleção Brasileira.
Quanto à Ponte Preta, que veio da série B, esta performou bem para as suas limitações. Até o momento em que o atleta Renato Cajá esteve no time, já que o mesmo foi transferido ao futebol árabe, a Ponte brilhou e chegou a adentrar o G4, mas ali não se sustentou. O Clube terminou o torneio na posição 11 e com aproveitamento de 44,7%, superior ao de times como Flamengo e Fluminense.
Rio Grande do Sul (Grêmio e Internacional)
O Grêmio, que trocou o técnico Felipão, ora na China - seu time, o Guangzhou Evergrande, disputa o Mundial de Clubes -, pelo ex-jogador Roger Machado, foi bem neste ano e fechou o Brasileirão na posição 3 do G4. O Tricolor gaúcho demonstrou, em vários jogos, futebol envolvente e Felipão não fez falta, já que o técnico Roger Machado foi uma das principais revelações do Campeonato. O Grêmio terminou o Brasileirão 2015 na posição 3, com aproveitamento de 59,6%.
Envolvido com a Libertadores 2015, o Internacional terminou sendo desclassificado no torneio continental e passou, então, a se dedicar ao torneio nacional, subindo no rank e terminando o Brasileirão na posição 5, com aproveitamento de 52,6%. No início do ano, o clube patinou na escolha de um treinador para substituir Abel Braga, tendo optado pelo uruguaio Diego Aguirre, dispensado, entretanto, após a Libertadores; Argel Fucks foi o técnico do Colorado até o final do Brasileirão.
Minas Gerais (Atlético MG e Cruzeiro)
São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Ponte Preta, Santos e São Paulo)
Se no biênio 2013-2014 o futebol de Minas foi hegemônico no Brasil, em 2015, o foco se deslocou para o futebol de São Paulo. O Corinthians, após uma desclassificação traumática da Libertadores 2015, enfrentando o modesto Guarani, do Paraguai, se reinventou, pelas mãos do técnico Tite, definitivamente o melhor do Brasil neste ano. Foram dispensados jogadores como Guerrero e Sheik, que passaram a atuar no Flamengo, e o time evoluiu de uma performance consideravelmente focada em defesa para um time mais completo e que terminou o Brasileirão com os melhores indicadores de ataque e defesa. Merecidamente campeão.
O São Paulo, após ter fechado o ano de 2014 na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, entrou 2015 jogando mal, e teve quatro comandos no torneio: Muricy Ramalho, Milton Cruz, Juan Carlos Osório e outra vez Milton Cruz, em novo mandato-tampão. Além dos problemas no campo, o Tricolor paulista teve problemas sérios em sua administração, os quais culminaram na saída do presidente Carlos Miguel Aidar. Considerando o conjunto da obra, o São Paulo não ficou mal na foto, terminando o Brasileirão 2015 na posição 4 e com aproveitamento de 54,4%, o que o deixa com possibilidades de disputar a Libertadores 2016.
O Palmeiras, campeão da Copa do Brasil 2015, não teve um ano que pode ser considerado monótono. No Brasileirão, chegou a adentrar o G4, mas não conseguiu sustentar uma performance que consolidasse a posição. O Verdão passou por uma troca de técnico, substituindo Oswaldo de Oliveira por Marcelo de Oliveira, bicampeão pelo Cruzeiro no último biênio; com Marcelo, conquistou a Copa do Brasil mas, no Campeonato Brasileiro, o time terminou na posição 9 e com aproveitamento de 46,5%.
Quanto à Ponte Preta, que veio da série B, esta performou bem para as suas limitações. Até o momento em que o atleta Renato Cajá esteve no time, já que o mesmo foi transferido ao futebol árabe, a Ponte brilhou e chegou a adentrar o G4, mas ali não se sustentou. O Clube terminou o torneio na posição 11 e com aproveitamento de 44,7%, superior ao de times como Flamengo e Fluminense.
Rio Grande do Sul (Grêmio e Internacional)
O Grêmio, que trocou o técnico Felipão, ora na China - seu time, o Guangzhou Evergrande, disputa o Mundial de Clubes -, pelo ex-jogador Roger Machado, foi bem neste ano e fechou o Brasileirão na posição 3 do G4. O Tricolor gaúcho demonstrou, em vários jogos, futebol envolvente e Felipão não fez falta, já que o técnico Roger Machado foi uma das principais revelações do Campeonato. O Grêmio terminou o Brasileirão 2015 na posição 3, com aproveitamento de 59,6%.
Minas Gerais (Atlético MG e Cruzeiro)
Conforme dito, no biênio 2013-2014, o futebol de Minas foi hegemônico no Brasil. O Atlético MG venceu a Libertadores 2013 e a Copa do Brasil 2014; quanto ao Cruzeiro, este foi bicampeão do Campeonato Brasileiro (Brasileirão) em 2013-2014. Entretanto, a equipe bicampeã foi desmontada no início do ano, sem reposição à altura dos jogadores que saíram, nomes como Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Lucas Silva e Egídio entre outros. Quanto ao Atlético MG, este não teve maiores problemas com saídas e reposições de jogadores; Lucas Pratto, centroavante argentino, foi boa aquisição, diante da saída de Diego Tardelli para a China.
Assim, o Atlético MG fechou o Brasileirão 2015 como seu vice-líder e com aproveitamento de 60,5%. O Galo foi muito bem no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, mas caiu de rendimento sensivelmente no segundo turno, especialmente após ser ultrapassado pelo Corinthians, ao final do primeiro turno. Levir Culpi, técnico, foi demitido antes do final do Campeonato, em função da queda de produção da equipe. A ultrapassagem do Timão sobre o Galo foi objeto de considerável polêmica no que tange à arbitragem e Levir chegou a afirmar que o Campeonato Brasileirão estava "manchado".
Já o Cruzeiro, desmontando e não remontado à altura da sua grandeza, flertou com a zona de rebaixamento e sua torcida sofreu. Entretanto, no segundo turno e sob o comando de Mano Menezes, o time se recuperou e terminou o Brasileirão na posição 8 e com aproveitamento de 48,2%. Apesar da performance das rodadas finais superior à do vice-líder Atlético MG, a Raposa não adentrou o G4. O time teve três técnicos ao longo do torneio: Marcelo de Oliveira, Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes; esse último, deixou o Clube após o final do Campeonato Brasileiro, em função de proposta irrecusável do futebol chinês, tendo sido substituído pelo iniciante Deivid, ex-jogador do Cruzeiro.
Rio de Janeiro (Flamengo, Fluminense e Vasco)
O futebol carioca não foi bem no Campeonato Brasileiro 2015: todos os três times cariocas ficaram posicionados entre os 10 piores times do torneio.
O Flamengo terminou o Brasileirão na posição 12, acima do Fluminense, com aproveitamento de 43,0%, mesmo tendo contratado jogadores como o peruano Guerrero e o Sheik, ambos egressos do Corinthians. O time chegou a disputar a quarta posição do G4, mas não sustentou uma performance capaz de classificá-lo para a Libertadores. Em 2015, teve como técnicos Vanderlei Luxemburgo, Deivid (interino), Jayme de Almeida (interino), Cristóvão Borges, Oswaldo de Oliveira, Jaime de Almeira (interino) e Muricy Ramalho, contratado após o torneio.
O Fluminense foi bem inicialmente e chegou a integrar o G4 durante algum tempo; entretanto, seu desempenho caiu e o time terminou na posição 13, abaixo do Flamengo, com aproveitamento de 41,2%. O Tricolor teve os seguintes técnicos: Cristóvão Borges, Ricardo Drubscky, Enderson Moreira, Luiz Fernando e Eduardo Baptista. A contratação de Ronaldinho Gaúcho pelo Tricolor carioca não foi bem sucedida, a não ser, talvez, sob o aspecto de marketing (de forma limitada) e esse saiu após poucas rodadas.
Quanto ao Vasco, na posição 18 e com aproveitamento de 36,0%, simplesmente foi rebaixado. Ao longo do Campeonato, o time habitou a zona de rebaixamento quase sempre e fez duas trocas de técnicos: de Doriva para Celso Roth e desse para Jorginho. Mesmo jogando melhor nas rodadas finais, isso não foi suficiente para evitar o seu terceiro rebaixamento, para desgosto da torcida.
Pernambuco (Sport)
O Sport, único time nordestino a competir na série A, terminou o torneio na quinta colocação e fez boa figura, se comparado a outras equipes com recursos financeiros superiores aos seus, especialmente as do Rio de Janeiro. Até a rodada 10 do Brasileirão, o time brilhou, mas mesmo tendo liderado durante cinco rodadas, não teve fôlego para manter a performance mais alta, tendo terminado o Brasileirão na posição 6 e com aproveitamento de 51,8%. O técnico Eduardo Baptista foi contratado pelo Fluminense ao longo do Campeonato e substituído por Paulo Roberto Falcão.
Paraná (Atlético PR e Coritiba)
O Atlético PR terminou o Brasileirão na posição 10 e com aproveitamento de 44,7%, pouco para quem, na primeira fase do torneio, chegou a frequentar o G4. Ao longo do Campeonato, sua performance decresceu. Já com respeito ao Coritiba, neste ano, ele prosseguiu a má fase de 2014, lutando para não ficar na zona de rebaixamento, que habitou frequentemente, e terminou o torneio na posição 15 e com aproveitamento de 38,6%.
Santa Catarina (Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville)
Dos times de Santa Catarina, a Chapecoense e o Figueirense se salvaram da zona de rebaixamento, ficando nas posições 14 e 16, com aproveitamentos respectivos de 41,2% e 37,7%. O Figueirense esteve fortemente ameaçado, terminando o torneio na borda da ZR. Joinville e Avaí, respectivamente nas posições 17 (aproveitamento: 36,8%) e 20 (27,2%), foram rebaixados.
Goiás (Goiás)
O único representante do estado foi rebaixado, terminando na posição 19 com aproveitamento de 33%.
Comentários Finais
Quais pontos gerais mais amplos chamam a atenção no Brasileirão 2015?
Primeiramente, destaca-se que a diferença de performance entre o Corinthians, líder, e os demais concorrentes, a começar do Atlético MG, foi grande. O líder Timão fechou o Campeonato com aproveitamento de 71,2%, contra 60,5% do vice-líder Galo. Uma diferença expressiva. Destaca-se ainda o nível técnico sofrível de vários jogos entre importantes equipes do Campeonato.
Em segundo lugar, enfatiza-se a instabilidade do torneio, com várias trocas de posição no G4, especialmente no primeiro turno. Após a liderança do Corinthians, ao menos nas três primeiras vagas, houve estabilidade; já a posição 4 teve elevada instabilidade e somente foi definida a favor do São Paulo no final.
Em terceiro lugar, é mister citar o intenso troca-troca de técnicos, em várias equipes, como Flamengo, Fluminense, Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro e Internacional, apenas para exemplificar, ainda que vários outros clubes também tenham feito suas alterações.
Em quarto lugar, ressaltam-se os erros crassos de arbitragem, os quais deram o que falar, especialmente aqueles envolvendo partidas do líder Corinthians e do vice-líder Atlético MG.
Finalizando, não se pode deixar de enfatizar o status do futebol carioca, muito aquém do esperado e, especialmente, a lamentável queda do Vasco para a série B. Sua torcida não merece esse tipo de desempenho.
Bola Pensante
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