domingo, 24 de janeiro de 2016

A Seleção Brasileira será afetada pelo cenário político da CBF?

Desde 2014, a Seleção Brasileira vem enfrentando uma fase que não pode ser qualificada como "boa". Na Copa do Brasil (2014), ela perdeu de forma acachapante da Seleção da Alemanha, pelo inenarrável placar de 7 a 1. Na Copa América (2015), foi desclassificada pela Seleção do Paraguai (nos pênaltis). Nas eliminatórias da Copa da Rússia de 2018, mesmo tendo terminado 2015 razoavelmente bem (vem mais pela frente), vamos combinar: o futebol tem passado ao largo dos bons tempos. Já os amistosos, bem, eles são amistosos.

Após o vexame da Copa do Brasil, o técnico Dunga foi contratado e ainda se mantem, a despeito da desclassificação na Copa América, o que não deixa de ser algo raro e até elogiável, em se tratando da Seleção, mesmo com as inevitáveis e justas críticas ao treinador. Espera-se que o Brasil seja classificado para a Copa da Rússia, mas o trabalho está longe de empolgar os torcedores, muitos dos quais preferem se ocupar com os jogos de seus respectivos times do coração do que com as partidas da Seleção.

O Escrete Canarinho atual não tem talentos extraordinários, exceção feita a Neymar, mas poderia ter mais brilho nos olhos, mais vibração, de uma forma tal que isso compensasse o deficit de talento. O Brasil tem ótimos jogadores - ainda que eles não sejam extraordinários - e técnicos eficazes podem obter desempenhos elevados de atletas de alto nível. Infelizmente, não é o que temos visto. Os atletas da Seleção Brasileira, vários dos quais têm bons contratos na Europa, aparentemente não dependem - ou não dependem tanto - da visibilidade da Seleção para que suas carreiras deslanchem.

Nesse contexto, e considerando o momento de efervescência da CBF, com a possibilidade de o presidente licenciado Marco Polo Del Nero ser interditado pela Fifa, pergunta-se: se isso ocorrer, qual será o impacto sobre a Seleção Brasileira? Vale lembrar que a indicação do técnico Dunga está ligada à administração Marin-Del Nero, podendo Ricardo Teixeira, ex-presidente,  ter dado seu aval informal. Em nossa opinião, não é possível afirmar nada neste momento, apenas detectar a possibilidade de que a posição de Dunga fique mais sub judice do que normalmente já é.



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